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sábado, 23 de agosto de 2014

Adeus, Meus Sonhos!

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!Não levo da existência uma saudade!E tanta vida que meu peito enchiaMorreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres diasÀ sina doida de um amor sem fruto,E minh'alma na treva agora dormeComo um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus? Morra comigoA estrela de meus cândidos amores,Já não vejo no meu peito mortoUm punhado sequer de murchas flores!
__Álvares de Azevedo

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