"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada."

__Caio Fernando Abreu, em “Os Dragões não conhecem o paraíso”.

Perseverança
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque

Tem dias que a gente
Pensa em desistir,
Cruzar os braços e
Deixar a vida ir.
Porém, vê-se que tudo,
Tudo sem exceção,
Tem um motivo,
Um porquê,
Uma razão.
Uma razão de estar,
Uma razão de ser,
Uma razão para viver,
Uma razão para lutar...
Portanto, acredite,
Lute, sonhe,
Espere, persevere.
Você pode ser tudo
O que quiser!!!!

Sensíveis Olhos
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque

Eles vêem, sentem
Falam, esperam,
Encantam, acalmam.
Ahhh!!! Sensíveis olhos que não sabem
Ou não querem disfarçar...

Os olhos dizem o que 
A voz não consegue expressar.
Os olhos sorriem quando
Vêem a pureza de um olhar.

Os olhos exteriorizam
A presença de um bom sentimento.
Os olhos mostram as dores
Causadas pelo sofrimento.

Os olhos se irradiam
Ao ver a pessoa amada.
Os olhos se calam ao pensar
Que a vida possa estar acabada.

Curti

"Guardo palavras. Palavras doces, completas, reclusas. Palavras que escapam do coração, mas que os lábios aprisionam. Em segurança, flutuam, dançam, pulam nas rimas tortas de um poema qualquer. Guardo-as por ainda não ter a quem dedicá-las por inteiro; por não encontrar ninguém inteiro que queira receber tal dedicação. Ponho essas palavras em poesia. Acredito que há alguém, que assim como eu, tenha palavras para dizer e na falta de quem ouvir, se satisfaça ao ler as minhas. Palavra é vida!"

__Karine Borges

<3

O verdadeiro poeta não é aquele que tão somente escreve acerca do que sente; é aquele que por intermédio da sua ótica sobre o mundo a sua volta, inspira-se e expressa os sentimentos que muitos não sabem ou não conseguem exteriorizar: os amores, as dores, as angústias, as tristezas, as alegrias, etc.

By: Me.

Quem Me Dera
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque

Quem me dera ter a certeza
Dos meus sentimentos.
Quem me dera poder recolher 
Os prantos e deixar de lamentar
Esses lamentos.
Quem me dera poder deletar
Essa dor que me invade,
Que me declina e que me causa
Tanto sofrimento.
Quem me dera poder te esquecer,
Tirar-te dos meus pensamentos.
Quem me dera...
Quem me dera...

Saudades 
By: ACAAlbuquerque.

Apenas sentimos saudades 
De coisas boas,
Dos verdadeiros abraços,
De queridas pessoas.

Sinto saudades dos bons tempos,
Dos inesquecíveis momentos,
Dos anos passados
Que se foram com o vento.

Sinto saudades dos sentimentos,
Dos cativantes olhares
Que não saíram das vistas
E nem do pensamento.

Sinto saudades da saudade,
Da vida vivida,
Dos singelos sorrisos,
Da imensa felicidade.

Doce Cativar
By: ACAAlbuquerque.

Passo dias pensando,
Noites imaginando...
Viajo em meus pensamentos:
Como explicar a existência 
Deste bom sentimento?
Foi um falar,
Olhar,
Sentir,
Sorrir,
Encantar...
Porque o que é cativante
Não tem explicação,
Apenas se sente no fundo,
Bem no fundo do coração.

Dolorosas Lembranças
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque.

Há certas coisas na vida
Que não se deve lembrar:
As dores, a partida,
A ausência de um olhar.

Bom seria se
Pudéssemos esquecer,
Não apagando da memória,
Mas fazendo com que essas
Lembranças deixem de doer.

Mas o que seria da vida sem
Essas lembranças afinal?
Seria como uma
Dança sem música,
Como uma vida irreal.

Os Poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…

__Mario Quintana

A Arte de Ser Feliz

A arte de ser feliz

Houve um tempo em que minha janela se abria 
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. 
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. 
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto. 
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, 
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. 
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

__Cecília Meireles

Gente

By: Ana Cláudia

Gosto de gente que gosta da gente

Pelo simples fato de gostar,

Que se fazem sempre presentes

Por mais distantes que pareçam estar,

Tornando os dias mais felizes

A qualquer momento

E em qualquer lugar,

Mostrando o quanto a vida é linda

Quando se tem alguém para amar.

Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.

— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples!

Manuel Bandeira

Talvez
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque.

Em meio a tantas dúvidas,
Perco-me em mim.
E a mente, estarrecida,
Ecoa um único eco
Que não tem fim.
Talvez tudo não esteja acabado.
Talvez os dias de glória 
Não tinham chegado.
Talvez a dor eu
Não tinha sentido.
Talvez a vida eu
Não tinha vivido.
Talvez o brilho dos olhos eu
Não tinha enxergado.
Talvez o sonho
Não me foi tirado.
Talvez o amor eu
Não tinha amado.
Talvez...
Talvez...
Talvez...

O Silêncio da Solidão
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque.

Os dias correm,
As horas passam,
O mundo caminha.
Perco o sono,
Passo noites em claro
Ao pensar na vida minha.

Ouço o barulho ensurdecedor
Das batidas do meu coração,
Que grita e me acompanha
Junto com a solidão.

Olhos fixos, parados,
Janelas da alma,
Que pede, clama, espera
Pela tão esperada calma.

Quiçá seja ilusão causada
Pelas mágoas da vida.
Quiçá devo ter esperanças
Entre tantas feridas.

Olhos fixos, parados,
A espera de um sinal,
De uma luz que confirme,
Que torne esse 
momento surreal.

By: Me.