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sábado, 23 de agosto de 2014

Adeus, Meus Sonhos!

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!Não levo da existência uma saudade!E tanta vida que meu peito enchiaMorreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres diasÀ sina doida de um amor sem fruto,E minh'alma na treva agora dormeComo um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus? Morra comigoA estrela de meus cândidos amores,Já não vejo no meu peito mortoUm punhado sequer de murchas flores!
__Álvares de Azevedo
Mal Irremediável
By:Ana Cláudia A. de Albuquerque

Tão certa, 
E ao mesmo tempo,
Tão inesperada...
Assim é a morte,
Que chega e nos sufoca.
Deixa-nos inertes,
Com uma dor sem
Tamanho no peito.
Oh! Triste mal irremediável
Que não tem jeito.
Pensamentos Andantes
By: ACAAlbuquerque.

Pensamentos vêm,
Pensamentos vão,
E junto com eles,
Perdura essa sensação.
É a saudade de um momento 
Que não foi vivido.
É a ausência que deixa 
O coração partido.
É um estar só,
Estando acompanhado.
É um sentir-se perdido,
Estando com pessoas ao lado.
E assim, perde-se o que
Não deveria ter perdido,
Sente o que
Não deveria ter sentido.

sábado, 16 de agosto de 2014

Amor Próprio
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque

Aprenda a amar-se!
Perdoe-se!
Apaixone-se por si mesmo!
Reinvente-se!
Contemple o belo:
Veja o sol beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Note a sutileza de uma
Magnífica noite de luar!
Viva incessantemente cada dia
De sua existência,
Sempre e não somente
Com muita paciência.
Goste de quem realmente
Gosta de você.
Atreva-se a ser realmente feliz!
 — 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

__Pablo Neruda
Aninha e suas pedras

Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

__Cora Coralina
Sonhos em Versos
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque
Há tempos venho sonhando,
Ou melhor, sonho sempre;
Em algumas vezes,
Estou flutuando, e em outras,
Ganho um super presente.
Imagino-me num castelo
E num barco a velejar,
Dançando, sorrindo,
Cantando...
Indo de encontro ao mar.
Sonhar é bom para a vida,
Para o coração
E para a alma:
Engrandece, alimenta
E acalma.
Sonhar ajuda a alcançar
A felicidade, mas não quando
Se sonha só, e sim
Quando se sonha junto,
Pois é quando o sonho
Torna-se realidade.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Nostalgia 
By: Ana Cláudia A. de Albuquerque.

Entre doces lembranças,
Objetos, fotos,
Papéis velhos...
Volto no tempo.
Vem a nostalgia;
Vem a saudade;
Vem a vontade de
Querer tornar eterno
Um momento,
Uma história,
Uma vida.
Porém a vida não é como
Desejamos,
Queremos,
Sonhamos.
Ela é efêmera.
Às vezes cruel;
Às vezes perfeita;
Na maioria das vezes,
É simplesmente daquele
Jeitinho que a gente ajeita.